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Sobre analfabetismo e preconceito

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Formado a partir da junção de alfa e beta (duas letras gregas), o termo alfabeto remete ao conjunto de letras (ou gráficos) criado para registro da Língua.  No sentido que lhe é dado pela linguística moderna, código de comunicação verbal humana, a Língua é antes um fenômeno oral. Sonora. Natural. A escrita vem bem depois. E como toda invenção, a escrita que veio bem depois, foi um marco na história humana. Tanto que é confundida até hoje (até por quem não devia, diga-se) como a própria Língua. Uma tecnologia útil e avançada, é verdade, para a época em que fora criada. Mas não é a Língua propriamente dita. É coisa criada. E como coisa criada, se ensina e se apreende é na escola. Antecedida da partícula-prefixal a(n) , tem-se analfabeto,  palavra que parece ter sido formada dentro do nosso vernáculo mesmo. Talvez por isso tenha ganho autonomia e extrapolado o sentido para o qual fora criada: de todo aquele que não conhece o conjunto das letras da Língua (gráficos) a ig