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Mostrando postagens de setembro 2, 2007

Acentuação gráfica, para quê?

Por Betto Ferreira A acentuação gráfica (ou marcação gráfica) cumpre apenas uma finalidade: a de indicar, quando escrita a palavra, o som tônico vocálico de uma de suas sílabas, aquelas que indicam se a palavra é oxitona, paroxitona ou proparoxítona, ou se um monossílabo tônico. Entenda-se por sílaba o conjunto de fonemas (= sinais sonoros) articulado numa só impulsão/articulaçção oral. Fora disso, essa marcação é prescindível, ou seja, pode ser desconsiderada pela ortografia do português. Até por que todo usuário dessa Língua sabe quando deve pronunciar / secretaria/ com o sentido de nome de profissão ou com o sentido de nome de lugar ou de verbo (secretariar). O problema está na escrita. Para mim, apenas em caso de extrema dificuldade em diferenciar num texto escrito o sentido (=significado) da palavra, o que não ocorre com frequência na língua, é que se deveria fazer valer o acento gráfico. A situação a seguir, e ainda como frase isolada, seria um desses exemplo: a) A se

Adolescente: trabalhar para não ser bandido?

Por Betto Ferreira Segundo um relatório ( Juventude e Trabalho Decente na América Latina e no Caribe )divulgado hoje (04.09) pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), os jovens da América Latina e do Caribe, entre 15 e 24 anos , enfrentam índices de desemprego muito maiores que os adultos. No total da massa de trabalhadores da região, de acordo com o relatório, os jovens dessa faixa de idade - 106 milhões, no total - representam 46% dos desempregados. Como professor da escola pública há dez anos, um dado deste relatório é motivo de minha preocupação: o fato de 15 anos ser uma idade já inserida na medição do índice de desemprego. Um jovem entre 15 e 17 anos, além de estar na escola, não deveria estar praticando algum tipo de ocupação no período livre - algum tipo de lazer, esporte e/ou conhecimento técnico-profissional, por exemplo? Por que tem sido cada vez mais comum, mesmo nos meios pedagógicos, que o jovem pobre tenha que trabalhar sob o rsico de, não o fazendo, se torna

Escola: lazer ou estudo?

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Por Betto Ferreira Ultimamente a escola tem sido vista como um espaço mais de entreterimento do que como um espaço de estudo das teorias e da reflexão cognitiva. Autores como Rubem Alves, chamado de consultor pedagógico (sic), chega mesmo a sugerir que a escola que se volta para a reflexão do conhecimento científico mais des-educa do que educa. Na opinião dele, as crianças são podadas em suas curuisidades diante daquilo que ele chama de pedagogia do absurdo praticada pela escola hoje em dia. Em sua crônica Pinóquio às avessas ele coloca a escola como o espaço do retrocesso em que o aluno (criança ou adolescente) entra ser e sai boneco . Ou seja: para Rubem Alves, os adolescentes são inteligentes, sim, a escola e, em especial, os professores é que os tornam ignorantes. Estaria o autor certo ou sua visão da educação escolar destoa do verdadeiro sentido da escola como espaço do conhecimento? Afinal, para que serve a escola: para espaço de lazer e de comportamento ético ou espaço do sab