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Mostrando postagens de junho 17, 2018

Sobre educação, medo e liberdade

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Exceto pelo necessário domínio da matéria que ensinava (Português), e no saber fazer também, nunca me apeguei a ideia de autoridade em sala de aula. Nunca me dei bem com isso. Como professor, nunca coube nada em mim além do querer saber ensinar. Continuo, por exemplo, sendo radicalmente contra a ideia de autoridade que transfere ao professor a competência de pôr ordem na sala. Isso foge totalmente a minha compreensão do que é ser professor. Quem sabe foi por isso que, depois de muito tempo (porque não punha ordem na sala) me acusaram de indisciplina um dia. Convenhamos (ou não): todo professor tem mesmo o direito de ter orgulho de ser professor, e deixar isso bem claro (sem falsa moral nem modéstia, porque senão desparecemos). Mas é preciso não cair na tentação do engodo do poder de autoridade que nos seduz todo o tempo: “Sou eu quem manda aqui, ouviram? ”. Nem por medo, nem por pressão. Saber ser professor eu diria é saber ensinar que, numa relação ensino-aprendiz